Em Novembro de 1873, o navio "Ville de Havre"
zarpou da cidade de Nove Iorque para a Europa. Entre os passageiros
encontrava-se, a bordo, a Sra. Spafford, esposa de um advogado em Chicago, com os
seus quatro filhos.
A viagem estava quase no fim, estando já à vista a costa da
Inglaterra, quando ocorreu uma terrível catástrofe. Na escuridão da noite um
barco colidiu com o "Ville de Harve" e este começou logo a afundar-se.
A Sra. Spafford reuniu os seus filhos ao seu redor e entregou-os
a Deus. À medida que a água subia, mais e mais, dentro do navio, um dos filhos
procurou confortar a mãe em prantos, lembrando-lhe de que era tão fácil ser
chamado à presença de Cristo, tanto do mar, como se da casa, na América!
Um a um, os seus queridos filhos foram arrancados dos seus
braços. Perecendo diante dos seus olhos. Ela, porém, foi milagrosamente poupada
e salva, algumas horas mais tarde, por outro navio.
Supondo que a notícia do desastre seria logo divulgada pelo
mundo, a Sra. Spafford assim que atingiu o porto enviou um telegrama ao seu
marido. Este havia recebido a notícia do naufrágio do navio e da perda de seus
passageiros, mas ainda não sabia da perda dos seus entes queridos.
Com o coração pulsando fortemente e com mãos vacilantes ele
abriu o envelope. A mensagem era curta, consistindo em apenas duas palavras. Os
olhos foram diretos à palavra "salva", dando ao seu coração uma
repentina sensação de alegria. Relendo, porém, o telegrama, notou a segunda
palavra: "só", causando-lhe uma terrível mudança de sentimentos. Num
determinado momento foi cheio de um gozo inefável; e no momento seguinte,
inundado de indescritível tristeza!
Contudo, ele pôde agradecer a Deus por ter salvo a sua amada
esposa, ainda que lamentasse a perda dos queridos filhos.
Dois anos mais tarde o mesmo Sr. Spafford perdeu grande
parte dos seus bens num incêndio que houve em Chicago, mas a sua fé cristã
sempre firme permitiu que ele superasse a todas aquelas perdas.
Apesar de tudo o que lhe aconteceu, foi capaz de sentar-se e
escrever o lindo hino que focalizamos e que se tornou tão conhecido em todo o
mundo evangélico. Ë o Nº.312, em " Hinos e Cânticos". A sua letra em
português é de autoria do Sr. S.E. McNair; a música é do Sr. Philip P. Bliss.
Há muitas famílias nas quais existem pessoas salvas e
pessoas perdidas. Aquelas que estão preparadas e aquelas que não estão
preparadas para se encontrarem com um Deus Santo e que odeia o pecado!
Nalgumas delas é possível que o marido seja salvo e a esposa
não; uma irmã salva e um irmão, perdido; e assim por diante. Que coisa terrível
será, na eternidade, se a sua mãe, ou seu pai, ou irmã ou irmão, ou esposa ou
esposo, for salvo e você - PERDIDO!
E se falamos em ser salvo, devemos pensar num meio de
salvação; e quando Deus nos fala da Sua grande salvação, Ele nos fala, também,
a respeito do nosso grande Salvador, o Senhor Jesus. Ele nos fala, ainda, como
podemos estar certos dessa salvação: "Se com a tua boca confessares a
Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo" (Romanos 10.9).
Você quer ter, também, esta certeza?
O hino desta primeira história é o do Hinário Adventista nº
230
Horatio
Gates Spafford & Franz Joseph Haydn