Quando a Consciência Merece Confiança

"Por isso também me esforço para ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens." Atos 24:16
Recentemente, um estudante universitário e eu conversamos sobre questões morais. O seu ponto de vista era igual a outros que eu já ouvira. Quando lhe pedi para definir a diferença entre o bem e o mal, ele respondeu: "Sigo a minha consciência. Se  não acho que algo é errado, vou em frente. Ouço as minhas convicções." Concordo, em parte, com  declaração. É certo que o Espírito Santo nos convence do que é certo ou errado. Se vivemos em comunhão com Deus, a voz suave do Espírito guia-nos.
Porém, é a consciência um guia seguro? O que é a consciência? É a voz interior que nos imprime a sensação do bem e do mal. Deus no-la deus como uma espécie de radar moral. Mas ela não funciona no vazio. Recebe influências. O ambiente, as nossas escolhas e as sugestões alheias contribuem contribuem para a sua formação. A Bíblia fala sobre a "boa consciência" (Atos 23:1; 1 Tim. 1:5), a "consciência limpa" (1 Tim. 3:9) e a consciência purificada pelo sangue de Cristo "de obras mortas para que sirvais ao Deus vivo" (Heb. 9:14). Mostra, também, como a consciência é contaminada (1 Cor. 8:7), e então qualifica-a como débil (1 Cor. 8:12), cauterizada (1 Tim. 4:2) e má (Heb. 10:22).
Isto leva-nos à pergunta inicial: É a consciência um guia seguro? Sim e não. Se ela é moldada pela Palavra de Deus, se é sensível à direção do Espírito Santo, se é preparada para fazer escolhas corretas e estiver aberta à influência de bons conselhos, merece confiança. Mas, se for manchada pela desobediência, endurecida pelo pecado, influenciada por cristão transigentes e habituada a escolhas erradas, não é de confiança.
A Palavra de Deus está acima da consciência, sendo o agente de formação desta. Enchamos a mente com a Palavra de Deus, para que a nossa consciência seja santificada dia a dia.

José Carlos D´Acosta
Pastor