ADVENTISTAS E O USO DAS JÓIAS

1ª Pedro 3:3-5; 1ª Timóteo 2:9.
Aqueles que acreditam na Bíblia como norma de fé e prática, estão dispostos a compreender como os seus ensinamentos sobre o uso de jóias afetam a vida cristã de cada um. Reconhecemos que as pessoas são muito sensíveis no que diz respeito a regras sobre o que usar ou não usar, a questão neste caso é definida pela autoridade da Bíblia - se é que a aceitamos como regra para as nossas vidas. Os adventistas aceitam a vontade de Deus expressa nas Escrituras, e por esta razão sentimo-nos à vontade para explorar as implicações dos ensinos bíblicos sobre as jóias para nós hoje. Interessante que este assunto não é tão complexo como muitos pensam, uma vez que aceitemos o ponto de vista bíblico sobre o assunto. Então, vamos explorar algumas das implicações.

A Posição da Igreja Adventista Sobre o Porte de Armas

As armas automáticas ou semi-automáticas de estilo militar estão a tornar-se cada vez mais disponíveis aos civis. Nalgumas regiões do mundo é relativamente fácil a aquisição de tais armas.
Elas aparecem não apenas nas ruas, mas também nas mãos de jovens nas escolas. Muitos crimes são cometidos por meio do uso dessas armas. São feitas para matar e não têm nenhuma utilidade recreativa legítima.
Os ensinos e o exemplo de Cristo constituem a norma e o guia para o cristão de hoje. Cristo veio ao mundo para salvar vidas, não para destruí-las (Lucas 9:56). Quando Pedro sacou de sua arma, Jesus lhe disse: “Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada, à espada perecerão” (Mateus 26:52). Jesus não Se envolvia em violência.
Alguns argumentam que a interdição das armas de fogo limita os direitos das pessoas e que as armas não cometem crimes, mas sim as pessoas. Embora seja verdade que a violência e as inclinações criminosas conduzem às armas, também é verdade que a disponibilidade das armas leva à violência.
A oportunidade de civis comprarem ou adquirirem de outro modo as armas automáticas ou semi-automáticas apenas aumenta o número de mortes resultantes dos crimes humanos. A posse de armas de fogo por civis nos Estados Unidos aumentou a uma estimativa de 300 por cento nos últimos quatro anos. Durante o mesmo período, houve um assombroso aumento de ataques armados e, conseqüentemente, mortes.
Na maior parte do mundo, as armas não podem ser adquiridas por nenhum meio legal. A igreja vê com alarme a relativa facilidade com que elas podem ser adquiridas em algumas regiões. Sua acessibilidade só pode abrir a possibilidade de mais tragédias.
A busca da paz e a preservação da vida devem ser os objetivos do cristão. O mal não pode ser combatido eficazmente com o mal, mas deve ser vencido com o bem. Os adventistas, como outras pessoas de boa vontade, desejam cooperar na utilização de todos os meios legítimos para reduzir e eliminar, onde possível, as causas fundamentais do crime.
Além disso, tendo-se em mente a segurança pública e o valor da vida humana, a venda de armas de fogo automáticas ou semi-automáticas deveria ser estritamente controlada. Isso reduziria o uso de armas por pessoas mentalmente perturbadas e por criminosos, principalmente aqueles envolvidos com drogas e atividades de quadrilhas.
Esta declaração foi foi peio então presidente da Associação Geral, Neal C. Wilson, após consulta com os 16 vice-presidentes da Igreja Adventista, em 5 de julho de 1990, durante a assembléia da Associação Geral realizada em Indianápolis, Indiana.

A Igreja em Ação Todo Dom Perfeito

“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à per- feita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:11-13).
O apóstolo Paulo, certa ocasião, lembrou os cristãos de que não lhe faltavam qualificações para orgulhar-se: homem, benjamita, fariseu, etc. Mas, Paulo, mesmo sendo famoso, definiu a comunhão com Cristo como um lugar onde não existe judeu ou grego, escravo ou livre, macho ou fêmea (Gl 3:28). A nova comunidade criada após a morte e ressurreição de Jesus não deveria, e não deve, assemelhar-se às estruturas sociais e políticas de um mundo pecaminoso. O corpo de Cristo, a Sua igreja, não é apenas um aperfeiçoamento do que já existiu, e sim uma criação nova e genuína. Pelo ato de dar dons espirituais à Sua igreja, Jesus procurou mudar a nossa compreensão do que significa “vivermos unidos”. Novas posições – evangelista, pastor, professor, aquele que cura, o hospitaleiro – substituirão os cargos anteriormente conquistados através de privilégios, poder, raça ou nacionalidade.
Porque, então, queridos amigos, ainda nos orgulhamos daquilo que as Escrituras dizem ser a nossa vergonha? Ansiamos por vantagens “à nossa altura”: esperamos o momento propício até que “algum dos nossos” assuma uma posição mais elevada. Nós defendemos a bandeira da nossa nação. Falamos de coligações políticas, de votação, como se o Espírito dirigisse todos os americanos ou portugueses a tomar as mesmas decisões. Hoje é o dia de nos levantarmos para a maturidade pela qual Jesus orou pelo Seu povo. Da próxima vez que ouvir essa conversa de estatuto construído sobre linguagem, cultura, raça ou nação, testemunhe a favor da nova comunidade de Cristo onde você vive e adora. Fale mais dos “dons” em vez de “direitos”, de formas para melhor servir ao invés de posição. Desafie os seus amigos a fazer o mesmo. À medida que crescemos em todas as coisas perante Ele, que é a Cabeça do corpo, aprenderemos que “Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir, é o ideal de Deus para com os Seus filhos” (Educação, p. 18). Aquela grande e incontável multidão reunida junto ao trono do Pai incluirá, apenas, aqueles que permitem que os dons perfeitos do Senhor transcendam todas as demais qualificações humanas.
— Bill Knott