CONGRESSO MUNDIAL DE LIBERDADE RELIGIOSA ABRE COM APELO PARA EVITAR A ORIENTAÇÃO DA SOCIEDADE SECULAR

 Fotografia de Ansel Oliver/ANN
Ao dirigir a palavra a cerca de 900 delegados e convidados no Sétimo Congresso Mundial da Associação Internacional para a Liberdade Religiosa (IRLA), que se realizou na República Dominicana, Denton Lotz, um notável pastor batista e presidente da IRLA (na sigla em inglês), resumiu o objetivo deste evento de três dias: "Hoje, estamos aqui reunidos porque acreditamos que a liberdade religiosa é fundamental para todos os direitos humanos".

Este ponto de vista, infelizmente, não é partilhado em muitas partes do mundo, algo que, segundo Lotz, torna estas sessões ainda mais importantes.
"Compete-nos trabalhar em conjunto para que vivamos em harmonia e concórdia", referiu Lotz a uma plateia constituída por líderes cristãos, muçulmanos, judeus e de outras comunidades. "Não necessitamos de guerras religiosas".

Fotografia de Ansel Oliver/ANN 

A violência contra os cristãos continua a ser um problema evidente, de acordo com um vídeo apresentado na sessão de abertura, que exibiu as sentenças de morte pronunciadas (mas que ainda não foram levadas a cabo) contra cristãos no Paquistão e Irão, sob acusação de "blasfémia", e os assassínios dos paquistaneses Salman Tasser, governador da província de Punjab, e Shahbaz Bhatti, ministro das Minorias Religiosas. Foi igualmente referida a extrema repressão religiosa observada na Coreia do Norte.

Embora o tema central do congresso,"Secularismo e Liberdade Religiosa - Conflito ou Parceria", possa parecer muito distante dos territórios onde a perseguição é ativa, Lotz apresentou uma visão diferente: "A maioria das pessoas no mundo sofre com a falta de liberdade religiosa. Setenta por cento do mundo vive em locais de repressão religiosa", salientou.

 Dirigindo-se a uma audiência composta, entre outros, por adventistas do sétimo dia, menonitas, católicos, batistas, mórmones e cientologistas, John Graz, o secretário-geral da IRLA, afirmou que o congresso mundial é um evento multifacetado: "Este congresso é sobre a liberdade religiosa, mas não é um evento religioso", comentou Graz. "Estamos todos aqui reunidos. Representamos diferentes confissões, religiões e Igrejas. Somos diferentes, mas respeitamo-nos mutuamente".

Sob o tema "Secularismo e Liberdade Religiosa - Conflito ou Parceria", oradores e delegados procuraram avaliar os desafios de um mundo que se mostra cada vez mais hostil à diversidade de expressão religiosa no âmbito público. Embora defenda a separação entre Igreja e Estado, Lotz fez um apelo para que a religião evite seguir a orientação de uma sociedade secular.

"Quando a religião se torna secular, creio que o maior desafio para a liberdade religiosa é consentir que o secularismo defina aquilo em que uma religião deve acreditar", disse Lotz aos delegados. "Quando permitimos que a secularização da nossa fé transcenda o transcendente, ela perde o seu significado", acrescentou.

Segundo Lotz, "A religião morre quando não está centrada em Deus, mas unicamente na autonomia humana. A religião prospera quando se concentra em Deus".

Num comunicado lido aos delegados, o presidente do país, Leonel Fernandez Reyna, deu "as mais cordiais boas-vindas à República Dominicana, uma terra de liberdade. A República Dominicana é um lugar de liberdade para cristãos, muçulmanos, judeus e pessoas de outras religiões".

Fonte: Adventist News Network