Filho do pastor Monteiro fala do pai preso


Monteiro colabora com a parte espiritual no presídio em Lomé, onde está há mais de um ano detido
Monteiro colabora com a parte espiritual no presídio em Lomé, onde está há mais de um ano detido
Brasília, DF… [ASN] O filho mais velho do pastor Armando Monteiro, Anderson, deu entrevista exclusiva à Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN), informando o passo-a-passo do pesadelo que vive o pastor Antonio Monteiro e o empresário adventista Bruno Amah, presos em condições desumanas e esperando um julgamento justo que, devido à falta de fundamento e provas, ainda não foi realizado, em um país onde foram falsamente acusados, em março de 2012, por 40 assassinatos repugnantes, para usar sangue humano e rituais satânicos. Eles foram acusados de tráfico de sangue e de órgãos humanos.
Diante disso, a Igreja mundial vem trabalhando para a libertação desses dois inocentes. Da parte da área jurídica, o Departamento de Assuntos Públicos e Liberdade Religiosa da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mundial, liderado pelo Dr. John Graz, fez os respectivos apelos públicos, um trabalho somando esforços diplomáticos para alcançar os resultados propostos. Inclusive, o filho do Monteiro solicitou ajuda à autoridades de Cabo Verde, visto que o pastor é cabo-verdiano. Foi também contatada a Comissão Nacional de Direitos Humanos, com a Anistia Internacional; entre outros organismos públicos e privados que confiam plenamente na inocência desses dois homens.
A campanha organizada no ano passado, com seu dia central em 1º de dezembro, consistiu em oração, jejum, recolhimento de assinaturas e envio de cartões natalinos com mensagens de esperança, somando um total de três mil, como apoio aos presos e a suas respectivas famílias. Neste ano, os adventistas do mundo inteiro participaram de um movimento relacionado aos 500 dias da prisão injusta, completados no sábado, 27 de julho, pedindo para a comunidade adventista assinar a petição de liberdade, com o objetivo de alcançar 1 milhão de assinaturas, a serem entregues às Nações Unidas.
Quando perguntaram ao Anderson como eles estão espiritualmente, a resposta foi que estão tranquilos. “O impacto que meu pai nos deixou é que ele é inocente e crer assim, desde o princípio, nos deixa tranquilos, a despeito dos perigos, das crises e dos problemas dessa prisão, que mantém os presos em condições desumanas. Togo é um país tropical e há áreas onde o paludismo é muito frequente, o que nos faz ficar preocupados com a situação da saúde de meu pai. Sabemos que temos a vitória desde o início e vamos celebrar essa vitória!”
Quanto às condições da detenção, Graz disse: “Não sei se muitas pessoas conseguiriam passar um dia nessa prisão. Há superlotação e a higiene é quase zero.” Ele acrescenta: “Não posso nem imaginar as condições do banheiro.”
Anderson Monteiro, na entrevista via Skype dada à ASN, agradeceu à Igreja Adventista pelo apoio dado e estas foram suas palavras: “Aproveito este momento para agradecer à Igreja mundial por todo o apoio, porque é muito importante nessas circunstâncias ter o apoio tanto da família carnal quanto o da família espiritual. Sentimos que esse apoio, mundial, veio para nos ajudar a passarmos por essa situação. Quando vemos que já se passaram seis meses, sentimos que tudo foi muito rápido, porque é uma luta constante. A igreja nos oferece imenso apoio e quero agradecer a todos, em todas as partes do mundo. Basta ver os milhares de cartões natalinos que nos enviaram.”
Campanha- Para assinar petição para a libertação de nossos irmãos presos em Togo, entre empray4togo.com e siga orando para que Deus opere um milagre para que o pastor Monteiro e o empresário adventista Bruno Amah regressem a seus lares para se reencontrarem com a família e dar prosseguimento à missão que Deus lhes encomendou. [Equipe ASN, Cárolyn Azo/ com informação de Felipe Lemos]